A IMPORTÂNCIA DA ILUMINAÇÃO NO AMBIENTE ESCOLAR

Você já parou para prestar atenção, ou mesmo questionar sobre a iluminação na escola, ou na sala de aula, onde você ou seu filho ou filha estuda?

Pois, saiba que a iluminação está diretamente relacionada ao rendimento e desempenho dos alunos, motivo especial que leva a muitas questões relativas ao projeto luminotécnico e de como a luz natural e artificial está sendo aproveitada no ambiente.

E sabe por que isso é tão importante?

Porque para otimizar o processo de educação e aprendizado, ressaltamos que o ambiente de estudos deve ser confortável e a iluminação é um fator primordial para maximizar este desempenho, pois é através da visão que muito do mundo é percebido e assimilado.

O que é melhor para o aprendizado? A luz natural ou a luz artificial?

Vamos iniciar o artigo de hoje, analisando essas duas vertentes sobre iluminação, cada uma com seus admiradores e defensores, com os seguintes argumentos:

• A luz natural tem uma composição ampla, com grande escala de abrangência do espectro, na prática ela favorece na maneira de perceber as formas em terceira dimensão, também identificar o contraste entre uma forma e outra, bem como, compilar as cores.

Outros bons motivos que exaltam a luz natural como sendo a ideal para os estudos indicam que o espectro – quantidades observáveis de energia mais amplos encontrados na luz natural são os ideais para os olhos, chamados coletores e conversores, que através dos nervos óticos fazem com que a luz se torne visível através dos impulsos que o cérebro recebe, suavizando assim o esforço visual.

• A luz artificial é um tipo de iluminação que contempla muitos pontos a serem questionados, como a economia e sustentabilidade. Mas não podemos ignorar que existem grandes vantagens também.

A luz artificial poderá ser controlada de acordo com a necessidade em cada situação, com a possibilidade de definir a intensidade e quantidade e isso é muito importante para iluminar um ambiente escolar.

Entendido essas premissas, então, o que devemos levar em consideração para um bom projeto luminotécnico de uma escola, a iluminação natural ou a artificial?

Sabemos que a luz natural nos trás benefícios e é essencial para a vida humana, pois, estimula naturalmente a curiosidade do aluno, e existe ainda a relação com o ciclo biológico do corpo humano, que reage pela influência do sol, para produzir hormônios como a melatonina, por exemplo, liberada em nosso organismo quando há ausência da luz.

Porém há situações que seu uso como única fonte de iluminação não é possível, aqui no caso uma sala de aula ou escola.

O que deve ser levado em conta para iluminar o ambiente escolar?

Para qualquer projeto luminotécnico em uma escola, no mínimo devem ser observados três grandes fatores:

• A iluminância que será a quantidade mínima e luz, que possibilite a realização daquilo que o professor pretende, em esforço visual.

E sobre isso já vimos anteriormente em nosso artigo sobre iluminância, estes níveis devem seguir as normas estabelecidas pela ABNT, norma 5413.

• A interação da iluminação com os usuários, neste caso alunos, professores e funcionários da escola. Interação esta que deverá priorizar: visibilidade; saúde e produtividade.

Mas na prática como vamos identificar se há boa iluminância no ambiente?

Não é necessária uma investigação profunda para detectar alguns problemas, que são perceptíveis apenas com observação como a uniformidade na distribuição dos níveis e pontos de iluminação; tamanho do ambiente e tamanho das aberturas, além de considerar:

• O ofuscamento que deverá ser ausente em relação à iluminação natural, pois deverá ser evitada a incidência de luz solar direta nos planos de trabalho, por exemplo, lousas, carteiras, brinquedos;

• Observar se não há excesso, inadequação ou pulsação intermitente da fonte de luz.

E com certeza saber extrair o máximo de aproveitamento da luz natural e artificial conjuntamente, e não menos importante ouvir as queixas dos próprios alunos.

Tipos de iluminação adequada para as salas de aula

Temos que ter em mente que a escola é um ambiente que exige concentração e que não deverá ignorar também:

• Economia, pois são ambientes amplos e ocupados diariamente por várias horas contínuas;
• Sustentabilidade, item impossível de ser ignorado, pois é na escola que grandes exemplos devem ser reforçados e praticados;
• Atender a várias áreas todas voltadas ao conforto visual e térmico;
• Funcionalidade, pois “cuidar da iluminação” na escola não é apenas tarefa dos professores ou zeladores, todo o layout deverá ser adaptado para que as crianças pequenas também possam ser responsáveis por desligar as lâmpadas, por exemplo.

E falando em lâmpadas, as do tipo Full Spectrum (espectro completo) são muito indicadas.

E como são estas lâmpadas?

Antes de tudo saiba que espectro completo é uma iluminação artificial: clara, brilhante e branca com índice de reprodução de cor perfeito entre 90 e 100 e também potente para suportar a temperatura Kelvin – unidade de medida da temperatura da lâmpada, que às vezes chega a 5500K.

A semelhança deste tipo de luz com a natural agrega muito a qualidade de vida dos usuários, pois:

• Ela é menos “estressante” para a saúde do que outro tipo de luz artificial, principalmente para quem necessita permanecer longos períodos utilizando a iluminação artificial;

• Alguns benefícios que a luz solar natural nos trás, também podem ser observados na luz de espectro completo, e mesmo que em menores proporções, servem para reduzir os níveis de melatonina e hormônios cortisol, fazendo com que se sintam com menos stress, menos fadiga ocular, dores de cabeça e cansaço geral;

• Também ajudam a melhorar o sistema imunológico e diminuir os problemas de pressão sanguínea e a insônia.

Além disso, esse tipo de iluminação é econômica, pois resistem a mais de 10.000 horas, consomem menos energia e são ecologicamente corretos.

O que você precisa saber sobre a luz em nossas vidas e que nunca foi explicado

A luz exerce um papel fundamental na vida das pessoas, e por um instante, vamos propor a reflexão sobre sua influência na saúde, neste caso, podemos também pensar na importância da iluminação no ambiente escolar, pois é lá que os já adultos passaram grande parte de suas vidas e agora muitas outras crianças, que inclusive permanecem diariamente durante o período integral.

Dentro do ambiente escolar, é essencial que a mescla de iluminação seja permitida, pois como estamos falando em iluminação, saúde e desempenho, é preciso salientar que a luz natural, principalmente com momentos de sol, exerce um papel muito importante na nossa vida.

• A luz atinge o hipotálamo que possui vias de ligação com todos os níveis do sistema Nervoso, e ao Sistema Endócrino, hipófise onde são controlados nossos comportamentos e emoções;
• Outro fator que sofre influência da luminosidade é a ativação da Glândula Pineal, e é lá que serão fabricadas a melatonina e serotonina, e se forem produzidos com irregularidades, estaremos expostos a fadigas intensas, mau humor, desequilíbrio no sono, irritabilidade, ritmo cardíaco insuficiente e até funções intelectuais reduzidas;

Acredito que é importante abrir este parágrafo para salientar que a exposição moderada à luz solar reduz os riscos de doenças e promove o bem-estar geral e boa saúde.

A falta de luz solar mínima tende a levar a muitas doenças como depressão, transtornos depressivos que ocorrem em alguns períodos do ano, que se acredita estar diretamente relacionado aos níveis de luminosidade.

E dentro do ambiente escolar, conjugar os dois tipos de iluminação é unir o útil ao agradável e essencial.

Iluminação é coisa séria e atenção para utilizá-la a nosso favor é importante, sendo ela natural ou artificial.

Fontes de pesquisa:

ipoggo.com.br/revista-ipog/download/a-importancia-da-iluminacao-no-ambiente-escolar, acessado em 27 de Janeiro de 2017.

fau.usp.br/cursos/graduacao/arq_urbanismo/disciplinas/aut0213/Arquivos_Anteriores/Publicacoes_e_Referencias_Eletronicas/Iluminacao_Natural_em_Escolas_Sites_Interssantes.pdf, acessado em 27 de Janeiro de 2017.

Imagens free:

https://pixabay.com/pt/, acessado em 26 de Janeiro de 2017.